sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

POTOKA - NA BATIDA DO SAMBA - JORNAL DO GUARÁ -04fev12

POTOKA – NA BATIDA DO SAMBA!
Falar de carnaval no Guará é falar de Potoka. Ele participa de um sem numero de grupos e  mostra com orgulho seu extenso “colar” de sambista. Gravou alguns CDs e compõe sambas para os amigos e para os amigos dos amigos, tudo com imensa alegria. Quem fica perto dele, não vê tristeza, a não ser a tristeza das suas letras de sambista nato, focalizando alguns problemas nacionais. Há sempre uma piadinha gostosa, uma gozação característica dessa gente que ri e que gosta muito do que faz. Numa roda de pagode, Potoka “adorna” ora o violão, ora o cavaquinho, dependendo do momento e do grupo; ele sempre dá o tom usando ainda sua potente voz de sambista carioca e que “ama e sabe amar o Guará”, como diz uma das suas muitas composições. Potoka está em constantes contatos com o pessoal da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do Rio de Janeiro e também não vive sem dar uma “espiada” nas terras fluminenses. No ultimo ano, durante o processo de escolha do samba enredo da Mangueira ele participou do concurso e quase “pirou”. Inquieto, falastrão é um típico brasileiro “gente boa” e mantêm uma grande legião de amigos e admiradores. “De quase todo povo brasileiro / O samba é religião / Bate forte o coração / Surdo, cuíca e padeiro!”
GRES IMPÉRIO DO GUARÁ                                                                                                         Potoka é um dos autores do Samba Enredo/2012 da nossa Escola de Samba, denominado “Escola de A a Z”. A origem da Escola é o Bloco Processamba, formado por servidores do SERPRO e extinto em 1988. Em 26 de dezembro de 1988, às dezesseis horas, entre as QE´s 34/36, nasce da reunião de Luis Carlos Nunes de Oliveira e vários outros sambistas do Guará o “Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Império do Cerrado”, que, tinha como ponto forte os ensaios a céu aberto nas praças e quadras. Em 1989, com recursos próprios como determinava o regulamento da Associação dos Blocos e Escolas de Samba do Distrito Federal, para serem reconhecidas, apresentou-se pela primeira vez na avenida e conquistou a sexta colocação. Em 1990, já como bloco carnavalesco reconhecido pela Associação, obteve o quarto lugar. Em 1999, a Império do Cerrado, utilizando o espaço coberto do Salão de Múltiplas Funções durante vinte dias, obteve também a sexta colocação com a mesma pontuação da Bola Preta de Sobradinho. Em 2006, foi campeã do Carnaval, sendo que a Asa Norte ficou na segunda colocação com muito protesto. Foi vice-campeã da terceira divisão em 2010 e terceira colocada em 2011, quando desfilou com um enredo em homenagem à história do Guará. “Samba o grã-fino e o pivete / Badala o sino, o hino e o trompete / Caem na festa homens e mulheres / Samba de caixa de fósforos e talheres!”
PAGODE – GÊNERO MUSICAL BRASILEIRO
Originado de Salvador-BA, a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais, muito comum no subúrbio, forma pejorativa e preconceituosa que esta palavra assumiu.Na verdade, o pagode não é exatamente um gênero musical e era o nome dado às festas que aconteciam e acabou tornando-se sinônimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria. O termo pagode começou a ser usado como sinônimo de samba por causa de sambistas que se valiam deste nome e designa festas, reuniões para se compartilhar amizades, música e dança. Mesmo antes já eram celebradas em senzalas e quilombos e com a abolição da escravatura têm uma relação intrínseca com o sincretismo das religiões, o pagode se consolida com a necessidade de compartilhar e construir identidade de um povo recém liberto e que precisa dar outra função ao corpo que até então é somente instrumento de trabalho. Por isso a relação estreita entre música e dança na nossa cultura, além do fato de ter a síncope (padrão rítmico em que um som é articulado na parte fraca de um tempo ou compasso, prolongando-se pela parte forte do seguintecomo principal característica da construção técnica-musical, derivada da percussão marcadora do ritmo brasileiro. “Há o samba de breque, o moleque / Samba de roda, samba rasgado / Samba de escola e o sincopado!”
ESTILO POTOKA                                                                                                                                Falar do Potoka é falar da qualidade de nossa música popular autêntica. Suas letras são admiráveis e eu gosto muito da forma com que descreve os problemas urbanos e nacionais, como na música “Bala perdida”, uma das suas últimas composições. O Samba de Raiz é a expressão mais autêntica da cultura musical brasileira e tem-se o pandeiro de couro, cuíca, cavaquinho, surdo, violão e violão de sete cordas. O banjo, pandeiro sintético, repique de mão e tan tan foram introduzidos nas rodas do Cacique de Ramos e por integrantes do grupo Fundo de Quintal. O samba de raiz também traz outros importantes instrumentos como ganzá, reco-reco, tamborim, bandolim, etc. O samba divide-se em vários tipos, todos eles integrantes do "Samba de raiz" como o “Samba de Partido Alto” (versos de improviso), “Samba Dolente”, “Samba de Quadra”, “Samba de Terreiro”, “Samba do Recôncavo Baiano”. (Wikepedia). “Agogô, tambor, chocalho e tamborim / Viola, violão, cavaquinho e bandolim / Dança a menina, serpentina, devoção / Zum zum zum, bum-bum, batecumbum, haja emoção!”                                         Potoka atualmente dirige o programa “QG do Samba” na Rádio Guará FM (98,1), aos sábados,  12h às 14h e se apresentará no Teatro Guará em 10.02.2012, 18h. Vale à pena conferir!!! Contatos: (61) 9688-1833 – E-mail: potokadf@hotmail.com.


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